
Sabia que casais que são casados oficialmente ou que têm união estável podem fazer intercâmbio na Austrália e aplicar para um visto de estudante juntos, como casal? Quer saber mais sobre as regras, as vantagens e se o mesmo se aplica a namorados?
Continue lendo este post, que contaremos em detalhes.
COMO FUNCIONA O VISTO
Funciona assim, no intercâmbio em casal na Austrália, no processo de aplicação do visto de estudante do casal, um dos cônjuges irá estudar e o outro será dependente do companheiro estudante, não havendo a obrigatoriedade de estudar também. E cada um pode trabalhar 40 horas por quinzena.
Essa opção de visto se aplica para casais heterossexuais e casais homoafetivos casados ou em união estável. Para namorados que pretendem se casar no futuro, o caminho é fazer o intercâmbio com vistos individuais de estudante, daí o casamento pode acontecer na Austrália e ambos aplicam para o visto de casal quando chegar o momento de renovar o visto de estudante.
TEMPO DE UNIÃO
Sim, o tempo de união é uma regra e fator determinante para o sucesso da aplicação de um visto de casal. Casais casados oficialmente no papel, com certidão de casamento, não precisam comprovar tempo mínimo de relacionamento. A certidão de casamento será anexada ao processo de aplicação do visto como comprovante de união e é mais que suficiente para confirmar que os aplicantes são um casal genuíno.
Casais que não são casados, mas têm união estável, devem apresentar a certidão de união estável, e é mandatório que o relacionamento estável seja de no mínimo um ano. É preciso também apresentar documentos adicionais para comprovar a união estável, por exemplo:
- carta de fotos (uma carta em word simples com fotos do casal com as famílias um do outro, fotos de viagens que fizeram juntos, evidências que comprovam que o casal está na união estável há 12 meses, no mínimo);
- conta conjunta no banco;
- contrato de aluguel em nome de ambos;
- contas compartilhadas (conta de água em nome de um e conta de luz em nome de outro, dos últimos 12 meses).
Vale destacar que a maioria das agências de intercâmbio somente aplicam vistos de casais se houver documento oficial da união, como certidão de casamento ou certidão de união estável. Pois a falta de um documento oficial pode implicar na negativa de um visto.

CARTA GTE
A GTE (Genuine Temporary Entrant) é um documento exigido para qualquer tipo de intercâmbio estudantil na Austrália. Trata-se de uma carta através da qual o aplicante contará para a imigração australiana (o Department of Home Affairs) por quais motivos ele quer fazer intercâmbio na terra dos cangurus. A carta GTE é fundamental para o entendimento da imigração se o aplicante é um estudante genuíno ou não.
Para o visto de estudante de casal, ambos os cônjuges devem fazer a GTE e mencionar o companheiro na carta. O futuro estudante vai citar que pretende levar o companheiro ou companheira para o intercâmbio na Austrália como dependente, e o próprio dependente também deve explicar por que é tão importante estar junto do companheiro que vai estudar.
A função da GTE do companheiro ou companheira é fundamentalmente explicar qual o apoio que ele/ela dará para o cônjuge que vai estudar, por exemplo apoio emocional, financeiro etc. Lembrando que não é legal falar que a intenção é trabalhar na Austrália para apoiar financeiramente o cônjuge. O dinheiro a ser mencionado nas cartas deve ser a grana que o parceiro estudante e o parceiro dependente levarão do país de origem e que isso ajudará a vida do casal no novo país.
PONTOS A CONSIDERAR
Viver o sonho do intercâmbio na Austrália em conjunto, quando é um desejo do casal, resultará em realizações em dobro, pois ser intercambista ao lado da pessoa amada e em quem se confia faz toda a diferença, principalmente emocionalmente, ambos se sentem menos sozinhos pelo fato de estar longe da família e amigos, ambos têm um ao outro para confiar. Portanto, o apoio emocional é uma vantagem, claro se o relacionamento for bom e saudável.
Mas se a relação não é tão saudável, ou se o intercâmbio é um grande desejo somente de um e não dos dois, o que era para ser um sonho pode ser tornar um pesadelo. Pois nos altos e baixos do intercâmbio, um dá suporte ao outro. Então, converse muito com o seu parceiro/parceira antes de tomar essa decisão.
QUESTÃO FINANCEIRA
Como no intercâmbio em casal ambos podem trabalhar e só um precisa estudar, serão dois juntando grana para pagar os estudos e as despesas diárias. Haverá momentos em que um parceiro trabalhará mais que o outro e vice-versa, e isso possibilitará um equilíbrio na receita para arcar com os custos de vida.
Lembrando que o cônjuge dependente tem que seguir as mesmas regras de trabalho que o cônjuge estudante, performando o máximo de 40 horas de trabalho por quinzena em períodos de aula e sem restrições de horas de trabalho em período de férias da escola.

Mas há uma exceção quando o cônjuge estudante faz um mestrado em uma universidade australiana. Neste caso específico, o estudante pode trabalhar 40 horas quinzenais, geralmente 20 horas por semana, e o parceiro dependente pode trabalhar em período integral (full-time), sem limitação de horas de trabalho.
Vale destacar que muitos casais decidem fazer intercâmbio em casal porque assim conseguem custear os estudos em uma universidade, principalmente quando o cônjuge que estuda tem uma profissão que está na lista de ocupações em demanda na Austrália, o que pode culminar no futuro em um visto de residência permanente no país para ambos.
Mas existem sim gastos que são maiores no processo de aplicação de visto de estudante de casal. O seguro saúde obrigatório (OSHC) é mais caro no visto de casal, mais que o dobro de caro em relação ao visto de uma pessoa solteira. O mesmo acontece com a comprovação financeira necessária. Como se trata de duas pessoas no visto, a comprovação financeira é maior do que a de um visto de estudante single (de solteiro).
Portanto, se o casal não tem muitos vínculos no Brasil e não tem toda a grana necessária para a comprovação financeira, é melhor repensar se o visto de casal é a melhor opção (de repente um visto de estudante único para cada um pode ser mais possível).
FICA A DICA
Se a motivação de aplicar para o visto de estudante de casal é unicamente a economia financeira, faça e refaça contas, pois não necessariamente será a melhor opção. Calcule e compare todas as despesas, o custo de vida na cidade de destino, o preço médio da acomodação pretendida, os tipos de cursos que se deseja estudar (curso de inglês, curso técnico vocacional, graduação, pós-graduação ou mestrado em uma universidade). Faça isso por conta própria ou com a ajuda da sua agência de intercâmbio.
Considere também que, no visto de casal, pode ser que o desempenho esperado no inglês não venha no tempo planejado, pois certamente a comunicação entre o casal será na língua materna, ou seja, português. Mas a verdade é que não tem certo e errado em fazer intercâmbio em casal ou como solteiro. A conquista dos objetivos almejados só depende do intercambista que se propôs a cruzar o mundo em direção à Oceania.
INTERCÂMBIO NA AUSTRÁLIA
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